terça-feira, 12 de março de 2013

EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA


A escola segundo Souza (2003, p. 40) “precisa ousar ser mais democrática e atraente. As camadas populares são as que mais fogem da escola para os quais a formação acadêmica é menos importante do que os fatos ligados à vida. Se trabalharmos a sexualidade que é vida, haverá permanência e interesse pelo saber como forma de melhorar esta vida!” Fica claro que trabalhar educação sexual nas escolas é também uma maneira de fazer com que estes alunos permaneçam nas escolas, se interessem em estar presente nas aulas, e deste modo diminuirá a evasão escolar.

A escola sendo espaço onde crianças e jovens de diferentes camadas populares se reúnem, deveria ser também um espaço para discussões naturais. Programas especiais, professor nervoso, aflito, sexo em destaque, enigmático, valorizado, separado do corpo e do dia-a-dia. Simplificar. Preparar-se sim, mas sem levar o fato a uma dimensão gigantesca. Para uma aula de redação, para se estudar um fato histórico ou uma equação matemática, não existe alarme. Sempre que o assunto está ligado à sexualidade há confusão dentro da escola e se conscientizam da necessidade da orientação sexual. (Souza, 2003, p.40)

Em outras palavras a escola deve estar voltada para atendimento aos alunos seja em qual disciplina for. Sabemos que a educação sexual é tabu entre as famílias, nas ruas, ou na comunidade em geral, no entanto na escola ela não deve ser, pois a escola deve ser lugar de aprendizado e para que este aprendizado ocorra à instituição deve estar aberta para questões relacionadas ao tema em questão. Concordamos com Souza (2003) quando ela afirma que a orientação sexual na escola é necessária porque os alunos, em todas as faixas etárias, conversa, sobre sexo e as informações que trocam entre si são incompletas, erradas e preconceituosas.

Concordo com Souza (2003, p. 45) quando ela diz que

[...] A escola deve ter uma posição muito clara do que pretende. O assunto é complexo e envolve não só o professor e o aluno, mas também sua família. A consciência de estar com bom embasamento teórico, de se colocar a sexualidade num contexto amplo, ligado à vida e à afetividade é fundamental. Se o trabalho não envolver a família se tornará frágil e eficaz.

Notamos que trabalhar sobre educação sexual é mais complexo do que se pode imaginar, pois deve envolver outros temas, não somente sexualidade, sexo e outros, mas também assuntos voltados para a afetividade, a família, os amigos e outros pontos que podem auxiliar no desenvolvimento do ensino. Vale ressaltar, bem como afirmou a autora que a família é indispensável para que se concretize o ensino de educação sexual, a criança não vive só, ela tem a companhia dos pais, ou responsáveis, portanto, sendo estes partes integrantes de sua vida, deverão necessariamente estar ligados e associados à escola em prol do bom funcionamento do processo de ensino e aprendizagem.

Devido o tempo de permanência dos jovens nas escolas e às oportunidades de trocas, convívio social e relacionamentos amorosos, a escola não pode se omitir diante da relevância dessas questões constituindo-se local privilegiado para a abordagem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) citam que a sexualidade é entendida como algo inerente, que se manifesta desde o nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento. Sendo assim a sexualidade é abordada em um primeiro momento pela família, que transmite seus valores culturais, sociais, religiosos e éticos, neste contexto tratei a seguir da educação sexual e o papel da família. 

Alguns questionamentos:

O que vocês pensam sobre a implantação da disciplina Educação Sexual nas escolas municipais do Município de Jequié?
De que forma podemos auxiliar para que este projeto se concretize?
O que a escola pode e deve fazer para que ista perspectiva se torne real?

2 comentários:

  1. Achei muito interessante Priscila essa sua postagem, realmente as nossas escolas precisam se aterem nesse assunto, pois deveria mas, não faz parte do contexto escolar a educação sexual, principalmente nas séries iniciais. O que acontece é que quando surge algum fato relacionado os professores ficam horrorizados, como se o sexo fosse algo externo ao mundo que vivemos e não procuram educar corretamente nossa crianças e jovens.

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